Eclesiastes 4.1: “Depois voltei-me, e
atentei para todas as opressões que se fazem debaixo do sol; e eis que vi as
lágrimas dos que foram oprimidos e dos que não têm consolador, e a força estava
do lado dos seus opressores; mas eles não tinham consolador"
“Convêm que os homens digam
o que não sabem e, por ofício, o inverso do que sabem. Assim se forma esta
outra incurável: a esperança.” Machado de Assis
Frente ao dessossego espiritual e o escambo religioso
praticado nestes dias, um canto triste me veio ao coração, uma espécie de fado
português, que exprime a funesta lúgubre da grande mercancia de seres humanos,
que vendidos a qualquer preço, passam da mão do administrador público à do
religioso, sem que ninguém se apiede de sua desditosa alma.
Devo reconhecer que me falta imaginação perspicaz, que o Rev.
Ricardo Rodrigues, tem sobejamente. Também sou carente da lógica dogmática do
Rev. Fábio Vaz; da precisão cirúrgica tão nítida nos artigos sempre pertinentes
da Rô Moreira, e da forma prolífica do Rev. João Pepi. Todavia, tenho algumas
impressões que talvez sejam de leitura sofrível, entretanto desejo
compartilhar.
I – Opressões à luz do dia
O pregador, no livro de Eclesiastes se volta no capítulo
quatro para a opressão, o trabalho e as tribulações que o povo sofre, sem ter
quem se sinta penalizado com a escandalosa injustiça reinante em todos os
cantos da nação que deveria ser o orgulho dos justos e um espelho para os
sábios – afinal, Israel no mundo helenístico, já foi chamada de terra de
filósofos.
Todavia grande escândalo se praticava, a justiça foi vendida
por impiedade então com o festim abominável os valores se inverteram, o bom
passa a ser mal, o mal passa ser louvável. Grande maldade se faz a céu aberto.
Que gregos e romanos honravam a Baco (Dionísio) em suas
calendas anuais, com orgias e libidinosidade, e fato, que a própria história
declara sem vergonha alguma. Isso era próprio de povos que nada conheciam ao
Deus da aliança, todavia, quando a nação de Israel começou a usar os meios
religiosos para oprimir, bem como a licenciosidade cultual, não foi o espírito
grego que entrou, mas a morte, travestida de religião e posta para dentro dos
muros, em forma de presente troiano para culto e celebração – enquanto o povo dorme,
os inimigos matam saídos do ventre do colosso presente com formato de cavalo.
Se a história sendo ela religiosa ou secular nos informa
sobre estas estratégias, seria minimamente sábio atentar para elas, mesmo que
por um instante sequer.
Grande opressão se faz debaixo do sol em nossa própria época.
O evangelho da Graça tem sido trocado pelo evangelho do
Escambo, triunfalismo, misticismo e prosperidade tomam conta da religião. A
igreja visível tem sido tomada de assalto por todo o tipo de infiltrações.
Do ventre do Cavalo de Troia, vieram estrangeiros como: MórrisCerulo,
BenneHinn, Mike Murdock, os traidores da terra também saqueiam sem piedade, em
sua blasfema religião da troca, Macedo e Valdomiro fazem a festa sem que
ninguém os toque, e aí daquele que se levantar contra o ungido do Senhor
esbravejam suas ovelhas fãz.(1)
Na esfera política, a situação não é nada diferente, tal
crença, tal prática, uma nação de analfabetos culturais e funcionais. Conheço
pessoalmente professores, que são mestrandos, que não sabem interpretar o que leem,
fruto do esquerdismo patológico sob o qual o Brasil foi cooptado.
Conheço Jovens, que foram para a universidades e “perderam”
suas convicções, certo é que nunca as tiveram, talvez foram supridos por um
tempo, por algum tipo de máscara como a do Darth Vader.
Cristãos televisivos, ignorantes de Bíblia, infantis,
fingidos na fé se proliferam nação a fora. Já viajei boa parte do Brasil e
sempre encontro esta espécie em todo o canto.
Enquanto o Renan Calheiros rouba a dignidade, afirmando que
seu mandato será a favor da ética, Macedo se muda para Portugal e Santiago
vende Tijolinhos que pela cara de pau do charlatanismo deixaria Johann Tetzel
com vergonha de sair à rua para vender suas indulgências.
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1. Expressão Usada pela Blogueira Rô Moreira, para designar as pessoas que além de serem seguidoras são também fãs incondicionais de seus "ídolos" religiosos, sendo eles líderes religiosos ou cantores do mundo "gospel"
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1. Expressão Usada pela Blogueira Rô Moreira, para designar as pessoas que além de serem seguidoras são também fãs incondicionais de seus "ídolos" religiosos, sendo eles líderes religiosos ou cantores do mundo "gospel"
3 comentários:
Grande amigo, parabéns por mais um excelente post, tua percepção continua afiada como sempre e tua retórica é irretocável. Mas não precisava me promover a Reverendo, rsrsrsrs, sou um simples pastor, pela graça de Deus... Grande abraço!!!
Caro Pr. Fábio Vaz!
desde tempos antigos nos conhecemos kk, sei de teu potencial, os usei como referencia, pois é isso que são. aliás, você esta devendo artigos aqui no blog, deixe as "contendas" de lado homem kkkk, e escreva, esta fazendo falta.obrigado pela participação, embora ache teus elogios demasiados, sabem que sou um simples camopnês do Rio Grande em Terras estrangeiras
abç amigo
hasta siempre!
Caro Pr. Fábio Vaz!
desde tempos antigos nos conhecemos kk, sei de teu potencial, os usei como referencia, pois é isso que são. aliás, você esta devendo artigos aqui no blog, deixe as "contendas" de lado homem kkkk, e escreva, esta fazendo falta.obrigado pela participação, embora ache teus elogios demasiados, sabem que sou um simples camopnês do Rio Grande em Terras estrangeiras
abç amigo
hasta siempre!
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