quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Viajantes em um Mundo estranho

Nós precisamos de ventos e tempestades para exercitar nossa fé, para arrancar o ramo podre da auto-dependência e nos enraizar mais firmemente em Cristo.
C.H.Spurgeon
   No ministério Pastoral, somos questionados sobre as questões últimas da vida, dentre elas, do por que do sofrimento; Isso acontece, exatamente porque nos últimos 50 anos, nossa sociedade tem sido sacudida pela avalanche da busca pelo prazer a todo custo, e nesta sociedade então, não há espaço para qualquer tipo de sofrimento, e as adversidades normais e possíveis a qualquer ser humano, passam a ser vistas como uma injustiça, na qual Deus pune a quem quer puramente a seu bel prazer, e neste contexto, logicamente se questiona: "Por que comigo, Deus?".   Em toda a Bíblia, nunca é dito que o fiel passaria pela vida como um Rei montado em seu cavalo Branco, cuja majestade todos deveriam reverenciar, mas ao contrário disso, o fiel é descrito como um 'forasteiro' e 'peregrino (1Pedro 2.11), e como andarilhos em terra estrangeira, estamos em terreno que não é nosso, por climas que nos são desconhecidos, por pessoas que nos vêm como estranhos. fora isso, o costume da nossa pátria celestial é diferente do costume dos lugares por onde passamos, das pessoas com que tratamos pelo caminho, a não ser que a tal pessoa também vá para o lugar que estamos indo, isto é: voltando para casa.   As tempestades que sobre os caminhantes desce é de natureza variada, pode ser de ordem natural, como a morte, doenças ou tragédias, podem até ser que o peregrino no caminho queira entrar na tempestade, para ver o 'olho' do furacão, quando tomas decisões precipitadas ou comete pecados, quando sabe que esta errado e mesmo assim sofre o dano. pois a consequência é certa, e por fim, pode ser de ordem não natural, como uma tentação, uma perseguição por motivo da fé, o que também pode se encaixar nos outros dois itens já citados.   O fato é que os sofrimentos causados pela fúria da tempestade, jamais irá arrancar a fé de um filho de Deus que esta retornando firmemente para sua casa, antes, o vento fortalecerá suas pernas, para que dê passos mais firmes, ajudará a ter mais atenção pelo caminho, fará com que clame mais pelo seu Senhor e Rei, para que o Ajude e o livre de todo o mal, passará pelo vale sombrio da morte, mas estará na boa companhia de seu Senhor, que já conhece o caminho, e que não abandona seus seus queridos súditos.   Viver de forma como se este mundo fosse tudo o que existe, correndo atrás de riquezas e esquecendo-se de Deus e do lar não é próprio de filhos, mas de pessoas que nutriram certa amizade por algum tempo, no qual foi se esfriando a medida que os dias, meses e anos passavam, a ponto de não mais sentir desejo de viver como cidadão do céu, mas querendo ir para lá um dia, o que não irá, pois aqui se é peregrino, mas lá tem que ser cidadão, e para ser cidadão é necessário o registro de nascimento (João 3.3-7),  o qual confere reconhecimento de Paternidade e entrada no Reino de Deus. Então, onde está seu registro?

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

O Ministério Pastoral

Se os pecadores serão condenados, que pelo menos pulem para o inferno passando por cima de nossos corpos. Se perecerem, que pereçam com nossos braços e mãos tocando os seus joelhos, implorando que fiquem. Se o inferno tiver de ser cheio, pelo menos que seja cheio apesar de nossos esforços, e que ninguém entre ali sem estar avisado e sem que se tenha intercedido por essa pessoa.
C.H.Spurgeon   O ministério pastoral é uma dádiva de Deus à Igreja, tendo o próprio Deus como pastor maior, que conduz seu povo, nas palavras do Salmo 78.52; Deus conduziu Israel como um pastor, então o ministério Pastoral esta ligado à orientação, Tendo Deus como a referencia máxima no ministério, o Pastor então deve orientar o povo no caminho em que ele deve andar.   É nesse sentido que primeiramente, Spurgeon afirma que, se os pecadores querem ir para o inferno, que pelo menos pulem para lá passando por cima de nossos corpos, pois estaremos ali como barreiras, indicando que aquele é o caminho que leva para a perdição, insistindo para que mudem de direção, para que entrem no Caminho estreito, no qual, os Patriarcas, profetas, os Apóstolos e até mesmo o filho de Deus andou quando andou neste mundo.   O ponto de tensão nisso, é que há muitos falsos pastores que como "guias" ou "mestres" cujo dever é ensinar e encaminhar, não fazem outra coisa senão indicar com toda a força de sua malícia, um caminho largo, espaçoso, fácil de caminhar e que não gera dificuldades aos pés dos caminhantes, o Apóstolo Pedro já havia dito que isso aconteceria, o que de fato vemos com nossos próprios olhos hoje: Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. " (2Pedro 2.1).   Quando o Pastor reconhece o erro e os promotores desses erros, deve se colocar no caminho, em frente como uma barricada, o que pode gerar incompreensões e generalizações de todo o tipo. Quando a algum tempo atrás, um evangelista de uma igreja defendia a 'teologia' da prosperidade e o dito milagreiro televisivo chamado Valdemiro, que ressuscitou as indulgencias católicas e as vestiu com adereços judaizantes, eu disse que aquele ensino não provinha de Deus, ao passou que o tal evangelista retrucou: "quem é você para julgar a Bíblia diz para não Julgar". O interessante na situação é que o Homem se dizia inteligente, conhecedor profundo das Escrituras, um verdadeiro evangelista que colocava pessoas pra dentro da Igreja.   Pensei eu, a estupidez humana não tem limites quando eivada de soberba e arrogância, se há algum elogio a ser feito, que seja pelos outros (Provérbios 27.2). seria inútil citar Calvino, nestes casos, nem mesmo a Bíblia convence, pois se, não podemos julgar, como pastores, Deus teria se enganado ao ordenar:  "18Juízes e oficiais constituirás em todas as tuas cidades que o Senhor, teu Deus, te der entre as tuas tribos, para que julguem o povo com reto juízo" (Dt 16.18), Ainda (Êxodo 18.22;), declara: "para que julguem este povo em todo tempo. Toda causa grave trarão a ti, mas toda causa pequena eles mesmos julgarão; será assim mais fácil para ti, e eles levarão a carga contigo", mas não ficou restrito ao Antigo Testamento, na igreja o julgamento é ordenado: "Tratando-se de profetas, falem apenas dois ou três, e os outros julguem" (1Co 14.29). A Bíblia é clara, quando alguém tentando defender o erro, ou um ensino errado, ou alguma imoralidade declarar que não se deve Julgar, demonstra que esta na verdade insultando o Próprio Deus, e faz pior do que qualquer descrente e devasso que desconhece a Palavra de Deus.Casos em que Deus proíbe o julgar   O fator proibitivo no julgar, esta ligado em primeiro lugar ao critério de juízo que se faz, não se deve julgar sem auto avaliação, se eu condeno no outro o que permito pra mim, meu julgamento é sobre mim quando julgo o outro, e serei julgado por isso, se vejo o erro no outro e não percebo o meu que é maior, na mesma questão, como poderia ser juíz? Mt 7.1: "1Não julgueis, para que não sejais julgados. 2Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também. 3Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio? 4Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? 5Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão." conf. (Lc 6.37.)    outro fator que deve ser avaliado quanto ao julgamento, é se o juízo é feito segundo o que parece, e não conforme a realidade dos fatos, julgar com base em disse me disse é errado, julgar tendo fofoca como medida para avaliação não é correto, mas avaliar de forma precisa e depois chegar a conclusão correta dos fatos e aplicar justiça, sim é recomendado "24Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça." (João 7.24)   Por fim a prova da Escritura, enfatiza que não devemos julgar levianamente os outros, sendo dessa forma pedras de tropeço, quem nunca foi julgado pelo que não fez? julgar com base "não sei, mas não gostei de fulano" é o tipo de juízo proibido, que causa prejuízo à obra de Deus, assim como avaliações tais como, se o Pastor é alegre, o julgam como superficial, se é quieto dizem que é soberbo, se é gordo o chamam de glutão, se é magro o chamam de doente, se faz academia dizem que coloca dinheiro fora, se não faz, dizem que não se cuida... estes são exemplos de julgamentos que devem ser proibidos... pois trazem tropeço e são segundo a aparência (Rm 14.13).   Em nossos esforços para impedir que o inferno se encha, somos nivelados por baixo, este é sem dúvida um dos grandes problemas da igreja nominal, onde se proliferam os desigrejados, pessoas decepcionadas com pastores, igrejas e etc.. que decidiram viver sua fé a sua própria maneira, desconsiderando que ao cristão é vetado o deixar de CONGREGAR, como fazem alguns, Deus não aceita a qualquer forma de culto, ou o caso de Caim não é considerado? As igrejas tem problemas porque os membros e frequentadores os tem, se há alguma igreja que você julga ser perfeita, o que de fato só pode existir no céu, mas se caso existisse nesse mundo, deveria ser composta de anjos, e não por seres humanos, pois esses são a expressão exata do desequilibrio e imperfeição.. somos imperfeitos, vistos por Deus como perfeitos por meio do Sangue d Cristo que nos cobre, experimentaremos na eternidade a perfeição em sua completude, enquanto isso, caminhemos, hoje estamos mais perto da terra celestial e de nosso Salvador, que os falsos não te desanimem na caminhada, os pastores escolhidos por Deus, estão a apontar o caminho certo, e gritar: "Erro", "Perdição" quando alguém entrar no caminho largo, se quiserem ir, que vão, mas que tapem os ouvidos para não ouvir nossa voz"