O que está acontecendo com a igreja evangélica contemporânea? De onde vêm tantos escândalos, tantos episódios lamentáveis, tanta hipocrisia, tanta ganância e iniquidade? Estamos testemunhando a falência da igreja?
Para alguns – e com toda a razão - tais perguntas podem soar exageradas, até mesmo absurdas. Ora, a igreja vai muito bem, obrigado. Não há motivo para alarme. O evangelho está sendo pregado, muitas vidas estão se prostrando aos pés do Salvador, dia a dia.
No entanto, é inegável que boa parte da igreja evangélica – e aqui tratarei especificamente da igreja brasileira – está nas mãos de enganadores, mercenários, falsos pastores, que muitas vezes assumem títulos pomposos como “apóstolos” e “bispos”, entre outros, sempre com o mesmo objetivo: enriquecer à custa da religiosidade e da ingenuidade do povo. Mas não apenas isso. Muitas vezes, igualmente, o povo que lota as “igrejas” fundadas por esses falsos mestres não é nem um pouco ingênuo. O fato é que as pessoas buscam a prosperidade material, a vida boa, as posses e as bênçãos terrenas, e certos tipos de líderes e de “igrejas” são especialmente apropriados para esse tipo de gente. Junta-se a fome com a vontade de comer: os que enganam por amor ao dinheiro e os que gostosamente se deixam enganar – por amor ao dinheiro. Estou me referindo a uma grande parcela da igreja evangélica brasileira, que já nasceu torta, que nunca foi séria, e que leva o nome “evangélica” por uma aberração cultural, não por merecimento. Esse tipo de “igreja” não é igreja, e muito menos evangélica.
Há dois mil anos atrás o Apóstolo Paulo já advertia Timóteo a respeito de falsos líderes religiosos que “têm a mente corrompida e que são privados da verdade, os quais pensam que a piedade é fonte de lucro” (1Tm 6.5). É inegável que muitos deles estão atuando hoje no Brasil! Pensam, de fato, que a vida cristã é fonte de lucro, e descaradamente apregoam suas mentiras a respeito de Deus, a respeito da Bíblia, blasfemando, corrompendo e poluindo tudo o que tocam e todos aqueles que caem em suas teias de aranha – todos os que, cativados pelas falsas promessas de saúde e prosperidade, ajudam a encher cada vez mais os seus cofres e contas bancárias. Judas, meio-irmão do Senhor, também já advertia a verdadeira Igreja a respeito desses mercenários: “Esses homens são rochas submersas (...) pastores que só cuidam de si mesmos. Nuvens sem água (...) árvores de outono, sem frutos, duas vezes mortas (...) ondas bravias do mar, espumando seus próprios atos vergonhosos; estrelas errantes, para as quais estão reservadas para sempre as mais densas trevas” (Jd 12, 13). Sim, rochas submersas, que fazem naufragar os incautos. Sim, pastores que só cuidam de si mesmos, para os quais o rebanho não passa de fonte de comida e vestimenta. Sim, estrelas errantes, que induzem os outros ao erro, a uma vida completamente errada diante de Deus e diante dos homens. O Apóstolo Pedro também advertiu a Igreja a respeito deles: “Muitos seguirão os caminhos vergonhosos desses homens e, por causa deles, será difamado o caminho da verdade” (2Pe 2.2). Sim, por causa deles, a verdadeira Igreja é difamada dia a dia, o evangelho e o próprio Nome do Senhor são blasfemados pelos homens. Pedro prossegue: “Em sua cobiça, tais mestres os explorarão com histórias que inventaram. Há muito tempo a sua condenação paira sobre eles, e a sua destruição não tarda”. Sempre a cobiça! “Tendo os olhos cheios de adultério, nunca param de pecar, iludem os instáveis e têm o coração exercitado na ganância. Malditos!” (2Pe 2.14). Judas concorda quanto ao destino desses falsos mestres: “Ai deles! Pois seguiram o caminho de Caim, buscando o lucro caíram no erro de Balaão, e foram destruídos na rebelião de Corá” (Jd 11). Afirmando ser ministros de Cristo, não passam de ministros de Mamom. Se conhecessem um pouco a Bíblia que tanto utilizam como pretexto para suas asseverações loucas e seus desvarios, saberiam que “o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males” (1Tm 6.10) e que “Ninguém pode servir a dois senhores (...) vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro” (Mt 6.24). Se conhecessem a Palavra de Deus, que arrogantemente ostentam em seus púlpitos mentirosos, não ensinariam seus seguidores a amar o mundo (1Jo 2.15-17). A esses falsos mestres, preletores da prosperidade, enganadores do povo, lobos vorazes, que tomem vergonha na cara enquanto ainda é tempo, e que se convertam ao verdadeiro evangelho, ao verdadeiro Cristianismo. Às pessoas que os seguem, que também criem vergonha, que também se arrependam, e que parem de correr atrás de ilusões, de promessas vazias, e que busquem ao Senhor, o Deus vivo e verdadeiro, o Deus da Bíblia, enquanto ainda é possível achá-lO.
Povo brasileiro, leia a Bíblia! Povo brasileiro, pare de buscar na religião a solução para seus problemas financeiros, e comece a buscar, incansavelmente, em Jesus Cristo a solução para o maior de todos os seus problemas – a condenação eterna devido ao pecado. Somente em Jesus Cristo estamos livres dessa condenação! (Rm 8.1). Povo brasileiro, abandone esses falsos mestres, essas falsas “igrejas”, e procure por pastores sérios, busque igrejas sérias, verdadeiras! Povo brasileiro, abandone a falsa religião, a superstição “evangélica”, e busque o verdadeiro Cristianismo, conheça a verdadeira Igreja! Povo brasileiro, pare de acreditar nos charlatães da religião e comece a ler a Bíblia!
2 comentários:
Olá nobre Fábio!!
Achei seu artigo muito contundente e serve como alerta para nós. Estamos vivendo uma nalfágia dentro da igreja brasileira temos que orar para que Deus transforme a igreja para que seja a verdadeira Eklesia os tirados de dentro para fora e para que ela se torne o papel reformulador para a sociedade e não com barganhas e dinheiros a qual estamos vendo hoje!!
Este artigo é um eco para nós que tentamos viver o antigo evangelho a qual o Mártires sofreram em defender o cristianismo verdadeiro como Constantino, Justino, Lutero e outros.
Que Deus continue a te abençoar e encher em conhecimento!!
Grati Et Pax!!!
Soli Deo a Glória!!
Grande Josué!!! Obrigado por nos acompanhar e participar com teus comentários. Grande abraço para toda a família!
Postar um comentário