A Páscoa é a festa dos Judeus, onde comemoram sua libertação do cativeiro egípcio. O que se pode conferir lendo o livro de Êxodo no Antigo Testamento.
O Antigo Testamento é como um professor que conduz o aluno pela mão até que este esteja pronto a discernir as coisas com exatidão, outra alegoria que poderia ser usada é a que compara o Antigo Testamento a um Aio que acompanha a noiva até o marido. Assim o Antigo testamento nos incentiva a olhar suas histórias verdadeiras, como de fato são, mas também com um sentido pedagógico, que nos ensinam verdades reveladas plenamente em Cristo.
Sendo assim, a páscoa dos judeus prefigurava a obra de Jesus Cristo. Sua pureza e perfeição, o ritual era uma sombra da realidade vibrante presente na vida e obra de Jesus Nazareno. Porém tanto Cristo quanto sua mensagem pascal tem sido banida do ocidente, por ideologias diversas, cada uma pensando ser o que não é e oferecendo o que não tem, pois são poços que não podem reter água alguma, só lama se encontra ali.
Na páscoa Judaica um cordeiro sem defeito algum deveria ser sacrificado e sua carne comida, por todos os integrantes de uma família, seus ossos, porém não deveriam ser quebrados. Era uma refeição familiar e de comunhão.
Da mesma forma Cristo sem ter pecado foi sacrificado na cruz, nos alimentamos dele, ele é a vida para o crente, e isso se vê novamente na ceia — onde o Senhor Jesus abençoa o pão e o vinho dizendo que assim como o pão e o vinho alimentam o corpo, temos nele próprio a alimentação para nossa alma.
Todavia, a páscoa tem sido usurpada ao simples comércio e superstição, desprovida de sentido para outros. Muitos só lembram de pensar em fé nesta época, mesmo assim preferem banquetear-se com peixes ao invés de entregar-se ao Cordeiro Santo que tira o pecado do mundo, e este é Jesus Cristo.
A Páscoa para o fiel do Novo Testamento é como a páscoa do antigo Testamento, porém os elementos são diferentes, não mais as ervas amargas e nem mais o cordeiro, agora o vinho e o pão são os elementos deste sacramento do povo de Deus, o sacramento em memória agora, porém remete a um evento histórico com data e local geográfico certo e estabelecido, tendo o Cristo Jesus como seu centro e coluna, o sacramento da comunhão que comemorava a libertação da igreja do Antigo Testamento também estava baseado em um fato histórico, isto é; o Êxodo, mas mais do que isso, a páscoa judaica apontava para uma promessa da libertação por meio do sangue e da força por meio do alimentar-se do cordeiro.
A páscoa consumista todavia, esta despida de qualquer elemento religioso, e visa o materialismo fomentando o consumo exacerbado de uma sociedade acostumada com propaganda, que lhe empurra todo tipo de quinquilharias de que não precisa.
Ovos de chocolate, coelhos e tantas coisas mais, enchem os olhos dos consumidores e engordam os bolsos dos vendedores, tornando um hemisfério inteiro sacrílego por desprezar o dia mais importante para o cristianismo – o dia da ressurreição do Senhor do universo.
Ainda que a figueira não floreça e os animais sejam arrebatados dos campos, ainda que as nações derramem suas sujidades contra o cordeiro e seu povo, que ímpios governem e joguem ao chão a santa lei, que pérfidos dominem e sejam exaltados e os valores sejam invertidos, tendo os cristãos como escória e desprezados por sua conduta fiel, mesmo assim, eu louvarei ao Senhor, pois bem aventurados aqueles que são perseguidos pela justiça e por sua fé em Cristo. Páscoa é amor fé e esperança – tendo o cordeiro de Deus como a oferta pelos nossos pecados e como o maior presente a humanidade.
Páscoa é incentivo à perseverança, pois antes da exaltação vem a humilhação, antes da vida vem a morte, porém esta não tem a palavra final, pois já foi vencida. Páscoa é libertação da escravidão do pecado, libertação do cativeiro de um sistema de coisas dominado por pessoas sem Deus. Páscoa é ressurreição. Páscoa é Jesus Cristo.
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